sábado, 25 de setembro de 2010

Sofrer Sim. Desistir Nunca!

Às vezes as pessoas que amamos nos magoam, e nada podemos fazer
senão continuar nossa jornada. É preciso caminhar!

Às vezes nos falta esperança, mas alguém aparece para nos confortar.
Às vezes o amor nos machuca profundamente, não pelo amor em si, pois ele é um sentimento puro. Os corações é que não são iguais e suficientemente preparados para esta realidade.

Vamos nos recuperando muito lentamente dessa ferida tão dolorosa.
Às vezes perdemos nossa fé, então descobrimos que precisamos acreditar,

tanto quanto precisamos respirar, é nossa razão de existir.
Às vezes estamos sem rumo, mas alguém entra em nossa vida,
e se torna o nosso destino.
Às vezes estamos no meio de centenas de pessoas,
e a solidão aperta nosso coração pela falta de uma única pessoa.
Às vezes a dor nos faz chorar, nos faz sofrer, nos faz querer parar de viver,
até que algo toque nosso coração, algo simples como a beleza de um por do sol,
a magnitude de uma noite estrelada,

a simplicidade de uma brisa batendo em nosso rosto.

Mas um dia você descobre que as pessoas que pareciam ser sinceras, não são.

Percebe que não há como distinguir os bons e os maus.

É como se a vida fosse formada por corações e cruzes,

onde os corações representam nossos momentos felizes,
o carinho e amor que recebemos, e as cruzes, nossas dores,
decepções, sofrimentos, momentos ruins pelos quais passamos.
Nunca deixe de acreditar no amor, mas certifique-se de estar entregando

seu coração para um sentimento verdadeiro.
Aproveite ao máximo seus momentos de felicidade, pois
quando menos esperamos iniciam-se períodos difíceis em nossas vidas.
Tenha sempre em mente que às vezes tentar salvar por exemplo, um relacionamento,
manter um grande amor, uma amizade duradoura ou um projeto de vida pode ter um preço muito alto se esse sentimento não for recíproco, pois em algum outro momento
essa pessoa poderá abandonar a luta, entregar a bandeira, desprezar o sentimento ou nossa consciência poderá nos acusar. O sofrimento poderá ser ainda mais intenso do que teria sido no passado. Pode ser difícil fazer algumas escolhas, mas é necessário fazê-las.

Existe uma diferença muito grande entre conhecer o caminho e percorrê-lo.

A tristeza pode ser intensa, mas jamais será eterna. Sofrer sim. Desistir Nunca!

A felicidade pode demorar a chegar,
mas o importante é que ela venha para ficar
e não esteja apenas de passagem, como acontece
com muitas pessoas que cruzam nosso caminho.

Não corra atrás das borboletas. Cultive seu jardim e elas virão naturalmente.

“Não tenhamos pressa, não percamos tempo” (José Saramago)

Grande abraço aos românticos e pacientes amantes da Vida!

sexta-feira, 25 de junho de 2010

O Ciclo da Vida (Circle of Life) - Elton John

Desde o dia que chegamos ao planeta
E abrimos nossos olhos para o sol
Há mais a ser visto além do que já vimos
E mais a fazer do que já foi feito

Alguns dizem "devore ou seja devorado"
Outros dizem "viva e deixe viver"
Mas todos concordam juntos
Você nunca deve tirar mais do que dá

No ciclo da vida
Esta é a roda da fortuna
Este é o salto da fé
Esta é a faixa de esperança
Até encontrarmos nosso lugar
Nos caminhos que se desenrolam
No ciclo, no ciclo da vida

Alguns de nós caem pela estrada
Enquanto outros alcançam as estrelas
Alguns de nós navegam acima dos problemas
Enquanto outros tem que viver com as cicatrizes

Há muito para se conseguir aqui
Mais para se encontrar do que o que já foi encontrado
Mas o sol se move alto no céu azul safira
E mantêm-se, ora grande, ora pequeno, neste ciclo sem fim



terça-feira, 22 de junho de 2010

Paradoxo dos Tempos Modernos


Pensando na vida, pensei sobre o mundo. Pensando sobre o mundo, pensei no que poderia ser melhor, o que as pessoas verdadeiramente precisam, o que realmente elas procuram.

Por qual causa devemos gastar mais energia? em que devemos nos empenhar nesta vida? o que é prioridade? Quais são nossos verdadeiros valores pelos quais vivemos, nos movemos e somos?

Nós bebemos demais, fumamos demais, gastamos sem critérios, dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde, acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV demais e rezamos raramente.

Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores. Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos freqüentemente. Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos.

Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho. Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio.

Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores.

Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos.

Aprendemos a nos apressar e não, a esperar.

Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos menos.

Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta; do homem grande de caráter pequeno; lucros acentuados e relações vazias.

Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados.

Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas "mágicas".

Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na dispensa.

Uma era que leva este texto a você, e uma era que te permite dividir essa reflexão ou simplesmente continuar atualizando o seu facebook..

Lembre-se de cuidar de si mesmo, educando-se a buscar conteúdos, frequentar ambientes saudáveis, acompanhar-se de pessoas que possam agregar algum valor a sua vida. Ouça pelo menos uma vez ao dia uma música que fale de vida, de amor, que te recorde pessoas especiais. Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas não estarão por aqui para sempre. Valorize o que você tem e as pessoas que estão ao seu lado. As oportunidades passam, você fica!...(com ou sem elas, é uma questão de capacidade e escolha)


sábado, 5 de junho de 2010

....e tudo se passou...


Uma fração de segundos! Este é o tempo em que tudo é definido. Da demência ao paraíso. Do apogeu ao declínio. Do céu ao inferno.
Nos lábios um gosto de licor de morango. Nas mãos, um bastão que garante a sobrevivência no caminhar sob as cordas da intolerência e da ignorância. O equilíbrio por hora parece se esvair e, das cordas, um mergulho nas redes amargas deste picadeiro sem palhaço, sem risos, sem as pipocas doces, sem o beijo escondido na mocinha da primeira fila, sem a linda canção que borbulha sentimentos de alegria.

Devaneios da mente....Sim, apenas devaneios. Por hora nevoeiros que obstruem a visão de um horizonte lindo, onde as fontes límpidas correm lavando as rochas, passando pelo campo de onde brotam as mais lindas tulipas. E quando no remanso de uma tarde onde o sol extasiado se rende ao fim do dia, a brisa leve toca a paisagem desajustando o colorido e disseminando ao ar os dente-de-leão que levam consigo as sementes que postergarão sua existência. Um êxtase!

Da profunda paz, à beira do abismo da mais impetuosa inquietação. Vida vivida a meio fio. Rimos a mercê de um colapso de tristeza. Amamos sob o olhar tenebroso do ódio.

Entre o céu e a terra existem muitas verdades difíceis de se entender. Neste labirinto de paredes marcadas, a passos rápidos e desconfiados peregrinamos na certeza de que o certo está por vir.
E quando nos devaneios desta mente insana, em meio a cortina de névoa se abre um feixe de luz. Toda a casa se ilumina. E antes mesmo do pequeno pardal abandonar seu ninho, corremos ao encontro da esperança, como o rio corre para o mar. Porque a esperança nunca nos abandona. Nós a abandonamos, mesmo que por um segundo. É o que basta!

domingo, 11 de abril de 2010

Um encontro Especial


Hoje me encontrei extremamente reflexivo. Sim! Consegui uma trégua com a rotina dos compromissos, e todas as inquietações que nos envolvem e nos afastam de uma reflexão profunda sobre nós mesmos, as pessoas, o tempo em que vivemos, o Mundo.

Nesta reflexão, tive outro encontro muito “especial” e não sei se você que lê este texto já teve esta oportunidade.

Eu reconheço que por muitas vezes fujo, desvio meu olhar e acabo decepcionando meu próprio coração por perder tantas oportunidades. É certo que nos encontramos algumas vezes, mas o encontro de hoje foi intenso e especial.

Nosso coração é um grande labirinto pelo qual não andamos sequer um centésimo dele. Um ser especial e perfeito o conhece profundamente. Ele mesmo é o “facilitador deste encontro do qual fugi inúmeras vezes.

Ah Vida! Vida bela, amorosa, esplendorosa, audaciosa, perigosa, vivida com intensidade por aqueles que enxergam nela, a oportunidade de marcar uma época amando e respeitando e encantando o coração das pessoas.

Ah Vida! Vida bela, amorosa, esplendorosa, audaciosa, perigosa, vivida na tolice por aqueles que fazem das pessoas e de si mesmos objetos, dilacerando sentimentos, reduzindo ao pó sua existência marcada pela falta de amor.

Quando achamos que tudo sabemos, a vida nos ensina que nada sabemos.

Um sorriso num momento de tristeza;

Fé inabalável quando todos perderam as esperanças;

Encontrar um momento de paz e silêncio quando todas as cornetas do mundo estão apontadas para você;

Acalmar o coração quando ele deseja aquilo que talvez nunca irá possuir;

Amar quando a face está marcada pela indiferença;

Apaixonar-se pela vida quando todos pedem para que você vire as costas para tudo e todos;

Acreditar que existe sempre uma saída quando a voz de nossa loucura diz que não existe mais solução;

São desafios que precisamos assumir, bem como muitos outros e hoje, no meu encontro, decidi melhorar muitas coisas em mim, até por sugestão do próprio convidado que na verdade não era bem convidado, chegou de surpresa.

No encontro especial de hoje, encontrei com a minha fraqueza....rsrsrs....Decepcionante? Marcos, tantas coisas melhores nesta vida e você vem nos dizer isso? Para esses, a resposta é sim, decepcionante.

Quando me senti fraco, precisei ser amado e o único ser que pôde me dar um amor verdadeiro nesse momento foi Deus. Nele eu pude me sentir forte e revigorado para renovar meu compromisso com a vida, com as pessoas.

Aos que dizem que é preciso dias de chuva pra regar as sementes que germinarão o fruto da vida, para esses eu digo: bendita fraqueza! Bendita fraqueza que me recorda, assim como o bilhetinho que deixamos em cima da mesa para não nos esquecermos de pagar a conta, ligar para uma pessoa especial no dia de seu aniversário, dar o recado do telefone... que não sou melhor do que ninguém. Também não sou pior. Me chamo Marcos e tenho uma missão a cumprir que está acima de todas as missões e compromissos que assumi em minha casa, em minha empresa, com meus amigos, com a minha Igreja: amar a vida, principalmente as pessoas. Dar a elas o melhor de mim para que se sintam amadas e queridas. Errando? Sim, porque sou fraco. Mas nunca desistindo de acertar.

Reconhecer-se fraco não significa ser derrotado ou deprimido com a vida. Precisamos estar em um processo de melhoria contínua, aproveitando momentos de reflexão para rever atitudes e melhorar aquilo que é preciso.

De tolos o mundo está cheio. Precisamos de pessoas que estejam compromissadas com a paz na própria casa. Que troquem as palavras de balbúrdia, discórdia e intriga, por palavras de exaltação e motivação. Troquem uma ação mal pensada por um momento de reflexão. Que troquem a indiferença pela compreensão. Que contrariem os padrões impostos como corretos pela sociedade que despreza o amor e o compromisso, tornando as pessoas mais descartáveis que um copo do bebedouro de uma rodoviária. É difícil, utópico, careta para muitos. E quem disse que seria fácil!

domingo, 7 de março de 2010

O hoje é tudo e é breve!


Quando iniciamos um trabalho novo, geralmente pensamos: Deixe-me ver os erros já conhecidos, para que eu não os repita.
Imaginamos que ter consciência deles já é o suficiente para deixarmos de cometê-los.
Porém nos esquecemos que temos uma matriz geradora, que precisa ser decodificada.
O que isto significa na prática:"Somos movidos por emoções".
As emoções nos dão parâmetros irreais e nos fazem acreditar em algo que só existe em nossa realidade emocional ou perceptiva.
Ontem a noite , estava eu em casa refletindo sobre meu dia e tive os seguintes pensamentos:
Como os acontecimentos nos afetam de formas tão diferentes.
Como ouvimos e vemos diferente das outras pessoas e ainda assim , insistimos em manter um consenso sobre quase tudo.
Não há novidade alguma nisto.Em sermos diferentes.
A novidade está em como processamos as diferenças e ainda, como respondemos a elas.
É um paradoxo, Um dilema entre ser o que esperam que você seja e ser aquilo que você pensou um dia ser.
Em viver para as convenções sociais ou existir para experimentar a vida em sua plenitude.
O que irá caracterizar a história: o que se viveu ou o que se sentiu ao passar pela vida...
Na minha mente limitada, existem espaços que ainda cabem muitos aprendizados novos.
Em meu coração ainda cabem sentimentos não experimentados.
Em minha alma ainda cabe uma dosagem maior de fé.
Porém o tempo me intriga, me sabota em minhas buscas e faz com que eu me perca em atalhos de ilusão.
Meus olhos ainda me cegam e não me permitem enxergar o que está oculto em minha mente.
É como um filme em preto e branco, que algumas partes foram perdidas no tempo.
Eu sei que estão lá, mas não consigo acessá-las na íntegra.
As imagens não tem mais o mesmo foco, nem o mesmo brilho de quando foram produzidas.
O hoje passa ser fundamental.O hoje é tudo e é breve.
Porém fizemos do hoje uma rotina que teima em não abrir espaço para o improviso.
O hoje tornou-se compromisso, não uma opção aferida com os indicadores da felicidade.
O hoje tornou-se calendário repleto de datas, horários, prazos .
Não é mais AGORA .
Lembro-me quando era criança, dos dias longos. Havia tanto tempo para brincar, para correr, para fazer de conta .
Dormir, significava descançar e não perda de tempo.

Hoje tornou-se abreviação do amanhã.O anúncio de que algo irá acontecer. A introdução e não mais o capítulo de uma história.
Uma porcentagem que irá se transformar em estatística logo mais.

Tenho então o desafio de desafiar-me nestas evidências com uma dose de riso,ironia e prazer.
Tenho o desafio de não perder-me neste labirinto de paredes marcadas.
De mostrar uma escada com degraus de sorrisos e recolher-me quando as lágrimas quiserem lavá-la, com seu gostinho de sal.
As pessoas não querem ver escadas sendo lavadas, elas preferem vê-las sempre limpas com o gosto doce da alegria.

(Uma grande alma só pode ser concebida dentro de um grande coração. Um grande ser humano só pode ser concebido diante da grandeza de um grande Deus)
Dedico essa frase e esse texto a todos aqueles que são humanos ao extremo, e aceitam o desafio de lutar contra a própria vontade para vencer barreiras de comodismo e zonas de conforto e que mesmo tendo muitas qualidades ainda pensam em mudar e acreditar no diferencial das pessoas para uma vida digna e plena. Para ser um SER HUMANO, é preciso lutar, e muito!

sábado, 16 de janeiro de 2010

Haiti: que sirva de exemplo para nós!




Nos últimos dias acompanho estarrecido e perplexo as cenas que a internet e os telejornais nos trazem do Haiti, país da América Central que sofreu com um terrível tremor de terra em 8 graus e que teve como epicentro do abalo sísmico a Capital Porto Príncipe.

Já é considerada uma das maiores catástrofes da história da humanidade. Uma atmosfera irrespirável devido aos milhares de corpos em estado de decomposição espalhados pelas ruas ou soterrados, e as mais de 700 mil pessoas vagando sem rumo, nas ruas, expostas a doenças, famintas, com sede de água, de ajuda, com o espírito quebrantado, sem auto estima.

Impossível não se comover com tais cenas.

Estamos falando de uma catástrofe natural. Infelizmente não haveria muito o que se fazer diante da brutal força da natureza.

As ajudas humanitárias chegam ao país, mas com muita dificuldade de logística por conta do colapso do governo local e da completa destruição da infraestrutura - o aeroporto está saturado, as ruas bloqueadas, os hospitais têm poucos ou nenhum médico e poucas construções suportaram os tremores. cidades que foram 100% destruídas.

Diante da magnitude desta tragédia fico pensando como poderia refletir e tirar algo de positivo?

A vontade que tenho neste momento é de ir imediatamente para lá e poder oferecer meus braços, minha inteligência, minha força para ajudar àquela população sofrida. Sei que não posso fazer isso. Mas tenho em mim que ao olhar essa tragédia épica, podemos nos comprometer a sermos mais humanos, a compadecer-se com o sofrimento alheio, a estender nossas mãos a quem precisa de ajuda, a usar nossos dons para ajudar os errantes a encontrar um caminho, a amar quem nunca teve amor.

Não podemos olhar indiferentes ao que está acontecendo no Caribe. Se não nos sensibilizamos com o que estamos vendo, algo está errado em nós.

E muita gente está inerte à realidade de violência, tragédias, onde a dignidade do ser humano se mistura ao pó de onde veio, mesmo pó ao qual voltará. Não é capaz de sensibilizar-se com a calamidade humanitária, assim como o Embaixador do Haiti no Brasil que teve vários parentes vitimados e mesmo assim foi capaz de dizer que " a tragédia está sendo boa para o País, pois está tornando-o conhecido no mundo". Temos que enviar este senhor para Marte na primeira expedição espacial que houver para este planeta, assim ficaria livre de terremotos, catástrofes naturais e de quebra, ficaria postergado nos anais da história como o primeiro imbecíl a pisar no planeta vermelho. Se coubessem mais uns deputados seria uma experiência interessante (...)

Bem, continuando...em honra aos milhões de haitianos que sofrem com esta situação sub humana, em honra a nossa querida Zilda Arns, em honra as tantas pessoas que sofrem neste mundo, mais do que nunca, disseminemos a cultura do amor onde estivermos. Não nos tornemos indiferentes ao sofrimento humano. São nossos irmãos que assim como nós, tem sangue correndo pelas veias, um coração que pulsa, mas um espírito que sofre e clama por dignidade.

Não podemos fazer muita coisa pelos nossos irmãos haitianos, além de rezar e enviar algumas doações, mas podemos ser mais humanos em nosso trabalho, na faculdade, em nossa casa. Há muitas possibilidades, nem que seja para dar lugar a uma senhora dentro do ônibus, ajudar um deficiente a atravessar uma rua, atentar-se para o mal estar de uma pessoa no meio da multidão, ajudar os "cegos" do nosso tempo a abrir os olhos para a vida. Podemos simplesmente ajudar as pessoas com nosso sorriso, ao invés de começar irritados nosso dia porque falta uma simples pasta de dente no banheiro.

Sim, não podemos ir ao Haiti, mas temos uma missão muito grande neste mundo de ajudar as pessoas. Cada um com seus problemas, mas todos juntos por um mundo melhor!

Que o Haiti sirva de exemplo para todos nós!

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Entre o passado e o futuro


O que se pode fazer quando tudo aquilo que se deseja parece estar distante de nossas possibilidades? Tantos os sonhos, tantos os desejos. Junto, vem a esperança de que o dia de amanhã será sempre melhor. Mas o que falta para que o hoje seja melhor do que ontem? Falta algo? Existe alguma coisa incompleta em nós?

Antes eu achava que espectadores era uma exclusividade das salas de cinema, de teatro. Porém, descobri que existem muitos deles na vida real. Vislumbram um mundo perfeito, um oásis que chegará mais cedo ou mais tarde, esperam muito do amanhã, pouco do presente.

Viver plenamente a linha do tempo de nossa vida, sabendo aproveitar os elementos que ao longo dos anos vamos absorvendo, acumulando e usando-os como suporte para crescermos, pode ser a chave para regredir esse processo de animosidade que corrói as pessoas. De que valem as experiências que vivemos no hoje que será história no futuro?

Entre o passado onde está o baú das nossas recordações e o futuro, onde estão nossas esperanças, fica o presente, onde está o nosso dever.

Não podemos sempre culpar os fatos, muitos deles escondidos na obscuridade do passado como forma de justificar o que acontece no presente.

Todavia não podemos esperar tudo do futuro como se o próprio fosse à solução de nossos problemas. Como temos reagido diante de nossas quedas? Como temos administrado nossas frustrações, medos, angustias decepções? Temos reagido com luta? Eis nosso dever: lutar!

Muitos acham que as coisas são o que são por serem. Que tudo já foi determinado e que essa determinação imposta é correta, sacra e deve ser aceita sem questionamentos.

Na construção da história deste mundo, somos modificados constantemente. Porém, é preciso saber que nós podemos modificar a história do mundo modificando a nossa história.

Quanta coisa aconteceu em nossa vida! Olhando para trás, visualizamos nossos passos e vemos o quanto caminhamos. Diante da distância percorrida, não dá para voltar atrás.

Muitas pessoas acreditaram em nós, sofreram, preocuparam-se, e nunca deixaram de acreditar em nosso potencial. Não podemos dizer, não posso!

O Amanhã terá seu próprio cuidado. Com isso temos a missão de cuidar do hoje! Hoje ainda dá para ser feliz, para fazer as pessoas felizes.

Hoje posso ser um profissional bem sucedido, hoje posso sorrir e fazer as pessoas sorrirem, hoje será um dia de paz, hoje posso modificar minha família, hoje o amor pode fazer habitação em minha vida.

Somos seres incompletos! O tempo e a eternidade preenchem-nos com as experiências sentidas, vividas de uma vida. O amanhã precisa ser de fato um novo dia em nossa vida, uma página virada, em branco, onde escreveremos mais um capítulo de nossa história, que será marcada por erros e acertos, por quedas e reerguimentos. Somos limitados, não venceremos sempre. Nossa capacidade de amar e se entregar ao amor fará a diferença, pois este sentimento está na essência do ser humano.

O mundo não precisa de super-heróis invencíveis. O mundo precisa de seres humanos inesquecíveis.